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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Pesquisadores criam sistema integrado de tecnologias sociais para rejeitos de dessalinizadores

Fonte: http://nossaciencia.com.br/noticias/pesquisadores-criam-sistema-integrado-de-tecnologias-sociais-para-rejeitos-de-dessalinizadores/
Professor Nildo Dias, no centro da foto, com os participantes do projeto.
 
Projeto desenvolvido na Ufersa está beneficiando famílias de Assentamentos e Comunidades rurais. A ideia foi selecionada para prêmio da Agência Nacional de Águas

As estações de tratamentos de águas salobras de poços instaladas em Comunidades e Assentamentos rurais vêm sendo utilizadas por dezenas de famílias que sofrem com a escassez hídrica. Mas, qual o destino adequado para os rejeitos salinos desses dessalinizadores que podem poluir rios e solos, causando grande impacto ambiental? Aproveitar o rejeito para irrigar hortas comunitárias, na produção de tilápias e na engorda de rebanhos caprinos e ovinos foram as respostas sustentáveis dos pesquisadores do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Semiárido (Ufersa).
Iniciado em 2009, o projeto de pesquisa da Ufersa “Produção Agrícola Familiar Utilizando Rejeito da Dessalinização”, coordenado pelo professor Nildo Dias, começou observando os impactos da deposição do rejeito no solo em uma visita de campo à Comunidade de Bom Jesus, Campo Grande, RN. “Decidimos, inicialmente, aproveitar o rejeito salino em um projeto de hortas comunitárias e, como este suporte hídrico era bastante salino, desenvolvemos algumas estratégias de manejo para irrigar as hortaliças, sendo a escolhas de espécies tolerantes aos sais e a irrigação superficial, as principais práticas”, lembra o professor.
Depois dessa primeira ação, os pesquisadores resolveram testar o uso do rejeito salino para a produção de tilápias em viveiro de criação devido a elevada tolerância da espécie à salinidade da água; porém esta deveria estar integrada a outras ações em um sistema de produção capaz de eliminar os riscos de impactos ambientais negativos e que, também, contribuíssem para a segurança alimentar das localidades beneficiadas.

Premiação
Ao todo, seis projetos de todo o país foram selecionados para a final do Prêmio da Agência Nacional de Águas – ANA 2017. O projeto que foi selecionado para a final na categoria Pesquisa e Inovação Científica. Com a classificação, o projeto da Ufersa agora receberá uma visita técnica da comissão avaliadora da Agência. Após essas visitas, serão divulgados o resultado e a classificação final. A visita está agendada para a segunda semana de outubro e a premiação para os vencedores será no dia 06 de dezembro.
O professor Nildo comemora estar entre os finalistas do prêmio. “Isso é muito gratificante porque representa o reconhecimento de um trabalho, iniciado em 2009, em prol do fortalecimento da agricultura familiar. Estamos convictos de que Ufersa pode e deve apontar soluções e caminhos para assegurar água e promover o desenvolvimento e a qualidade de vida dos povos do campo”.
 

Sistema de produção
O professor Nildo Dias explica que o sistema é composto por um conjunto de ações, que inclui o tratamento e dessalinização da água dos poços produzindo água potável para as famílias e também a água residuária (rejeito salmoura ou concentrado). O efluente do dessalinizador é bombeado para tanques de piscicultura para a criação de tilápia, fonte de proteínas para a comunidade. Posteriormente, o efluente dessa criação, enriquecido em matéria orgânica, é aproveitado na produção vegetal (horta comunitária orgânica, irrigação de mudas de essências florestais para revegetação e irrigação de espécies forrageiras. “Por último temos a forragem, com teor de proteína entre 14 e 18%, ela é utilizada para a engorda de caprinos e/ou ovinos que, juntamente como a produção de tilápia e hortaliças garante a segurança alimentas e nutricional das famílias e, ainda a o aumento da renda com a venda do excedente, fechando assim o sistema de produção ambientalmente sustentável”, comemora Dias.
De acordo com o pesquisador, durante o processo de dessalinização, 60% da água tornam-se potável e os outros 40% são rejeitos salinos, que quando não são descartados da forma correta, possuem um elevado potencial de poluição dos rios e solos. A água de rejeito tem potencial para contaminar mananciais, solos e, em casos extremos a fauna e a flora da região, resultando na desertificação da área devido a salinização dos solos.
“Quando, por exemplo, os sais presentes no rejeito da dessalinização tem acumulação excessivamente nos solos, este pode ter vários efeitos negativos sobre as plantas como seca fisiológica (a presença de sais solúveis no solo dificulta a absorção da água no solo) e toxicidade das folhas pelo acúmulo excessivo de sais, reduzindo o seu crescimento e a produção das plantas”, explica Nildo Dias.
Resultados alcançados
O coordenador do projeto conta que as ações da pesquisa apresentaram possibilidades técnicas do uso ‘nobre’ do rejeito salino e apontam a viabilidade desse processo para a produção agrícola familiar, com vista à geração de renda em comunidades rurais. Além disso, essas ações colaboraram significativamente com a gestão participativa das águas residuárias e com a potencialização da geração de renda e de alimentos, por meio da inovação e da diversidade de atividades que poderão ser desenvolvidas pelas famílias, também contribuindo para a conservação ambiental de dois importantes recursos naturais: o solo e a água.
“O rejeito salino tem restrições de uso para fins de irrigação quando manejado inadequadamente e, a sua deposição direta nos solos provoca a salinização das áreas das comunidades. O subsistema criação de peixes utilizando rejeito salino como suporte hídrico ocupa a segunda menor área entre as atividades desenvolvidas na comunidade e o mais eficiente dos subsistemas no que se refere à produtividade. A produção de mudas de essência da caatinga e a produção de hortaliças orgânicas utilizando o rejeito salino são viáveis para o fortalecimento da agricultura familiar com maior segurança ambiental. A erva sal extraiu do solo 971,21 kg de sais por ha-1 ano-1, comprovando o seu poder de fitoremediação dos ambientes salinos”, detalha.
Tecnologia social
Mesmo com os resultados promissores alcançados, o professor Dias conta que no início foi bastante difícil a interação com a comunidade, pois eles não acreditavam muito que a água de rejeito salino pudesse ser utilizada na irrigação e produzir satisfatoriamente. “Muitos diziam: “nem os cavalos bebem essa água”. Mas com o tempo, eles passaram a acreditar e a se envolver mais com o projeto quando os resultados foram surgindo”, relembra.
Ainda segundo ele, hoje é mais fácil envolver as famílias na comunidade, pois inicialmente os pesquisadores fazem um trabalho de sensibilização e mobilização utilizando os resultados da experiência do projeto piloto. “Além disso, realizamos algumas capacitações sobre temas relacionados com o projeto como, por exemplo, produção de mudas, hortas orgânicas e criação de peixes em viveiros utilizando rejeito como suporte hídrico. Para garantir o envolvimento da comunidade e a socialização da tecnologia do nosso projeto utilizamos a metodologia da pesquisa participativa, ou seja, todas as atividades do projeto são dialogadas com as famílias em uma construção conjunta de instrumentos que potencializariam o planejamento das ações e sua execução”, diz.
A equipe do professor Dias é formada por estudantes de graduação e pós-graduação. No projeto já foram desenvolvidos vários Trabalhos de Conclusão de Curso, Dissertações e Teses de Doutorado. Também participam discentes do curso de Engenharia de Pesca, Agronomia, Ciências e Tecnologia e Engenharia Agrícola da Ufersa. “Nós levamos a nossa experiência cientifica para as famílias, mas, também, aprendemos muito com a comunidade e os agricultores(as). Na verdade é uma troca de experiência e de saberes científico e empírico”.
 Planos para o futuro
Em janeiro de 2014, a equipe conseguiu um financiamento do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade – IABS e com isso foi possível replicar essa experiência em mais duas comunidades rurais de Mossoró, no RN (Santa Elza e Serra Mossoró) que, também possuem estações de dessalinização. “Hoje não temos financiamento, submetemos uma proposta para o edital da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e estamos esperando o resultado. Ainda temos muitas pesquisas para realizar”, pondera.
De acordo com Nildo Dias, não há dúvidas que o emprego desta tecnologia acaba por amenizar as precárias condições do abastecimento hídrico nas localidades nordestinas contempladas pelos programas governamentais neste âmbito. “Precisamos otimizar e priorizar questões relativa à qualidade alimentar e nutricional da comunidade e, estamos buscando parceria com profissionais da área de saúde pública para que possamos despertar o interesse das pessoas em ter bons hábitos alimentares e, também evitarem o desperdício de alimento e, se possível, aproveitá-lo antes de serem descartados”, planeja.
A próxima etapa do projeto prevê a redução de custos na criação de tilápias, estudando métodos alternativos para reduzir os gastos com a ração industrializada, que é a maior dificuldade relatada pelos agricultores. “Então, se conseguirmos desenvolver uma ração caseira para alimentar os peixes, os custos serão reduzidos, o agricultor não fica dependente da indústria, ganha autonomia e a tecnologia social torna-se mais acessível”, planeja.

Edna Ferreira

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Desertificação já atinge uma área de 230 mil km² no Nordeste




seca

Mapeamento feito por satélite feito pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas lança alerta para o fenômeno
Como se não bastasse a falta de chuvas, o Brasil vê se alastrar no Nordeste um fenômeno ainda mais grave: a desidratação do solo a tal ponto que, em última instância, pode torná-lo imprestável. Um novo mapeamento feito por satélite pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Lapis), que cruzou dados de presença de vegetação com índices de precipitação ao longo dos últimos 25 anos, até abril passado, mostra que a região tem hoje 230 mil km² de terras atingidas de forma grave ou muito grave pelo fenômeno.
A área degradada ou em alto risco de degradação é maior do que o estado do Ceará. Hoje, o Ministério do Meio Ambiente reconhece quatro núcleos de desertificação no semiárido brasileiro. Somados, os núcleos de Irauçuba (CE), Gilbués (PI), Seridó (RN e PB) e Cabrobó (PE) atingem 18.177 km² e afetam 399 mil pessoas.
Num artigo assinado por cinco pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), do Ministério da Ciência e Tecnologia, são listados seis núcleos, o que aumenta a área em estado mais avançado de desertificação para 55.236 km², afetando 750 mil brasileiros.
Os dois núcleos identificados pelos pesquisadores do Insa são o do Sertão do São Francisco, na Bahia, e o do Cariris Velhos, na Paraíba, estado que tem 54,88% de seu território classificado em alto nível de desertificação.
Trata-se de um prolongamento que une o núcleo do Seridó à microrregião de Patos, passando pela dos Cariris Velhos. Apenas na microrregião de Patos, 74,99% das terras estão em alto nível de desertificação, segundo dados do Programa Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca da Paraíba.
- A degradação do solo é um processo silencioso – afirma Humberto Barbosa, professor do Instituto de Ciências Atmosféricas e coordenador do Lapis, responsável pelo estudo. – No monitoramento por satélite fica evidente que as áreas onde o solo e a vegetação não respondem mais às chuvas estão mais extensas. Em condições normais, a vegetação da Caatinga brota entre 11 e 15 dias depois da chuva. Nestas áreas, não importa o quanto chova, a vegetação não responde, não brota mais.
Estão em áreas mapeadas como críticas de desertificação municípios como Petrolina, em Pernambuco, que tem mais de 290 mil habitantes, e Paulo Afonso, na Bahia, com 108 mil moradores. Barbosa explica que a desertificação é um processo longo e a seca agrava a situação. Segundo ele, em alguns casos, a situação é difícil de reverter.
Na Bahia, numa extensão de 300 mil km² no Sertão do São Francisco, os solos já não conseguem reter água. Na região de Rodelas, no Norte do estado, formou-se, a partir dos anos 80, o deserto de Surubabel.
Numa área de 4 km², ergueram-se dunas de até 5 metros de altura. Segundo pesquisadores, a área foi abandonada depois da criação da barragem da hidrelétrica de Itaparica, usada para o pastoreio indiscriminado de caprinos e, por fim, desmatada. O solo virou areia. O rio, que era estreito, ficou largo, e o grande espelho d’água deixou caminho livre para o vento.
- Não existe dúvida de que o processo de degradação ambiental é grave e continua aumentando – desabafa Aldrin Martin Perez, coordenador de pesquisas do Insa. – A população aumentou, o consumo aumentou. Há consequências políticas, sociais e ambientais. Se falassem do problema de um banco, todos estariam unidos para salvá-lo. Como não é, não estão nem aí.
No Sul do Piauí, onde fica o núcleo de Gilbués, são 15 os municípios atingidos. Nos sete em situação mais grave, segundo dados do governo do estado, a desertificação atinge 45% do território de cada um.
Em Gilbués, uma fazenda modelo implantada pelo governo do estado conseguiu recuperar o solo e fazer florescer milho. Todos os anos se comemora ali a festa do milho, mas a experiência de recuperação é limitada. Hoje, 10,95% das terras do Sul do estado apresentam graus variados de desertificação.
Em Alagoas, estudos apontam que 62% dos municípios apresentam áreas em processo de desertificação, sendo os níveis mais graves registrados nos municípios de Ouro Branco, Maravilha, Inhapi, Senador Rui Palmeira, Carneiros, Pariconha, Água Branca e Delmiro Gouveia.
A cobertura florestal do estado é tão baixa que Francisco Campello, responsável pelo programa de combate à desertificação do Ministério do Meio Ambiente, chegou a dizer que, se fosse uma propriedade, Alagoas não teria os 20% de reserva legal.
Degradação intensa

A seca no Nordeste sempre existiu. O que está em jogo agora não é só a falta de chuva, mas a degeneração da terra. O solo frágil exige preservação da vegetação de caatinga e técnicas de manejo, inclusive de pastoreio.

Mas 30% da energia consumida no Nordeste vem da lenha, e o que queima é a mata nativa. Segundo relatório do governo do Rio Grande do Norte, que divide com a Paraíba o núcleo de desertificação do Seridó, além da retirada de lenha, a degradação vem do desmate para abrir espaço para agricultura, pecuária, mineração e extração de argila do leito de rios para abastecer a indústria de cerâmica.
Ao comparar estudos de 1982 e 2010, os especialistas chegaram à conclusão que se passaram 28 anos de intensa degradação sem que a situação se alterasse. A indústria de cerâmica segue como principal fonte de renda e emprego.
Pelo menos 104 empresas competem pela argila para fabricar telhas e tijolos. Dos seis municípios do Núcleo de Desertificação, cinco fazem parte do Polo Ceramista do Seridó e abrigam 59 empresas do setor.
- O Brasil ainda trata a seca como se fosse o Zimbábue ou outros países muito pobres da África – afirma Barbosa. – Isso não é aceitável. Temos pesquisa, técnicas e ferramentas para evitar que a degradação aconteça. Os políticos tratam a seca em ciclos de quatro anos, que é a duração de seus mandatos. Se nada acontecer, as pessoas dos municípios atingidos pela desertificação vão migrar para grandes centros, gerando outros problemas.
Em Gilbués, as crateras abertas no solo, conhecida como voçorocas, compõem uma paisagem chocante. Mas os locais onde não surgem fendas na terra expostas são ainda mais preocupantes.
Ano após ano, as pessoas não percebem que a vida do solo está se esvaindo. Somente ao cavar fendas é que se percebe que o solo está cada vez mais raso e a camada de vida, que são os 5 cm mais próximos à superfície, está mais estreita ou quase inexiste.

A perda de fertilidade se alastra também por parte de Minas Gerais e por áreas do Rio Grande do Sul, onde há o fenômeno denominado arenização – não é desertificação porque esta pressupõe escassez de chuva e aridez, o que não ocorre por lá.

Em Minas, a área de maior risco envolve 69 mil km² em 59 municípios no Norte, Jequitinhonha e Mucuri. Em documento entregue ao Ministério do Meio Ambiente, o governo de Minas calculou em R$ 1,29 bilhão o custo de projetos de prevenção.
- O problema é que os solos estão sendo compactados – diz Afrânio Righes, ex-chefe do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e professor de engenharia ambiental do Centro Universitário Franciscano (Unifra), em Santa Maria (RS). – O solo já não age como uma esponja, absorvendo a chuva. Com o plantio direto, sem aragem da terra, e o uso de grandes máquinas na lavoura, a água não infiltra, escorre sobre a superfície e se perde. Os impactos da estiagem aumentam, porque há pouca água acumulada na terra. Por isso, é preciso cavar sulcos na terra, a cada 10 metros, para forçar a infiltração. Como não existe máquina adequada para isso, os agricultores não o fazem.
Em Minas, vegetação e terra sofrem com queimadas frequentes, destruição de matas que protegem nascentes, assoreamento de rios e até irrigação, que capta água em excesso, comprometendo cursos d’água e causando salinização do solo.
No Rio Grande do Sul, a ânsia de unir criação de gado e plantio de soja, em busca de lucros maiores, saturou o solo na região de Alegrete, resultando na arenização. Sobrou o “deserto de São João”.
- O solo não era propício para a soja e a camada orgânica se foi em pouco tempo – explica Righes. – Ficou areia pura e, com o vento, ela não parava de avançar.
A solução encontrada pelos gaúchos para barrar o deserto surgido nos pampas foi plantar eucalipto no entorno da área, criando uma cortina de contenção dos ventos.
- A mudança climática tem peso importante nos processos de desertificação – afirma Manuel Otero, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). – Mudou a sequência e intensidade das chuvas. Há menos água disponível. E mais degradação ambiental significa mais pobreza.
Para Otero, a boa notícia é que o ciclo vicioso pode ser quebrado. Com apoio da União Europeia, o instituto levou para o município de Irauçuba técnicas e ações para impedir que a desertificação se alastre. O coordenador de Recursos Naturais e Adaptação às Mudanças Climáticas do IICA, Gertjan Beekman, afirma que técnicas simples, como barramento da água, já deram resultado no município de Canindé.
- Nascentes que estavam secas oito anos atrás ressurgiram – comemora Beekman. – Isso mostra que é possível reverter esse processo.
Na Argentina, 70% a 80% da superfície do país são vulneráveis à desertificação, principalmente ao Norte. No Brasil, toda a região do semiárido é considerada área suscetível. Segundo Perez, do Insa, não existe um único modelo ou indicador padronizado para determinar a extensão das terras em processo de desertificação no país.
- Não há no Brasil monitoramento sistêmico, apenas estudos pontuais – diz o pesquisador. – A sensibilização não é algo imediato. É preciso estimular as pessoas a olharem com outro olhar e reconstruir a memória intergeracional. A própria sede da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas fica na Alemanha, onde não há o problema.
(Cleide Carvalho / O Globo)
http://oglobo.globo.com/amanha/desertificacao-ja-atinge-uma-area-de-230-mil-km-no-nordeste-8969806#ixzz2YeOVnplc
Matéria em O Globo, socializada pelo Jornal da Ciência / SBPC, JC e-mail 4765.
EcoDebate, 11/07/2013

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