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quarta-feira, 15 de março de 2023

URINA DE VACA Alternativa eficiente e barata

Porque diminui a necessidade de agrotóxicos e adubos
químicos.


· Reduz os custos de produção.

· Nutre corretamente a planta, aumentando o número de brotações, de folhas e de flores e aumenta a produção.

· Não causa risco à saúde do produtor e do consumidor.

· Está pronta para uso, bastando acrescentar água.

· Pode ser utilizada em quase todas as culturas e o efeito é rápido, além de ser facilmente obtida.

· Misturar 5 litros de urina de vaca em 100 litros de água e aplicar no solo, junto à planta, meio litro da mistura por planta, no caso de plantas pequenas; 1 litro por planta para plantas médias e 2 litros por planta para plantas grandes.

· A aplicação deve ser repetida a cada três meses. No caso do maracujá, a quantidade da mistura é de meio litro por planta.

· Misturar 1 litro de urina de vaca em 100 litros de água e aplicar em intervalos mensais, molhando toda a planta.

Qual é o efeito da urina de vaca nas plantas?
As plantas ficam saudáveis e mais resistentes às pragas e doenças.

É a possibilidade de o produtor utilizar, regularmente, uma adubação completa. De acordo com os estudos desenvolvidos até o momento, as principais substâncias encontradas na urina de vaca são: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, boro, cobre, zinco, sódio, cloro, cobalto, molibdênio, alumínio (abaixo de 0,1 ppm), fenóis (aumentam a resistência das plantas) e ácido indolacético (hormônio natural de crescimento).



Como colher a urina de vaca?
Na hora da retirada do leite, a vaca geralmente urina, momento em que a urina deve ser recolhida com um balde comum.

A urina de vaca pode ser guardada?
Recomenda-se guardar em recipientes plásticos com tampa, onde deve permanecer por três dias antes de usar.

Em recipientes fechados, a urina poderá permanecer por até um ano sem perder a ação.

Como usar a urina de vaca?
Misturada com água na proporção correta para cada cultura. Quantidades maiores que as indicadas pelos testes de campo poderão causar danos às plantas.

A aplicação da mistura poderá ser feita no solo ou em pulverizações sobre as plantas.

A aplicação no solo é feita principalmente em fruteiras.

Em pulverização, a urina é aplicada da mesma maneira que o produtor utiliza para aplicar produtos químicos. Os intervalos de aplicação deverão ser respeitados para cada cultura, de acordo com os testes de campo.

Como a urina de vaca possui alto poder de penetração na planta, não é necessário usar espalhante adesivo.

Que quantidade de urina de vaca usar?
As principais indicações dos testes de campo realizados pela PESAGRO-RIO em parceria com produtores rurais são:



» HORTALIÇAS
• Quiabo, Jiló e Berinjela
O melhor resultado foi obtido com a mistura de 1 litro de urina em 100 litros de água, pulverizada nas plantas de 15 em 15 dias.

• Tomate, pimentão, pepino, feijão-de-vagem, alface e couve
Bons resultados foram obtidos com a mistura de meio litro de urina de vaca em 100 litros de água, pulverizada uma vez por semana.



» FRUTEIRAS

• Maracujá, coco, acerola, limão, laranja, tangerina, banana, pinha, manga, jabuticaba, goiaba.
Os estudos ainda se encontram em andamento, porém, para a realização de testes em pequenas áreas, podem ser seguidas as orientações que se seguem.

• Abacaxi
Nos primeiros quatro meses, pulverizar a mistura de 1 litro de urina em 100 litros de água. A seguir, devem ser feitas pulverizações mensais da mistura de 2,5 litros de urina em 100 litros de água. A aplicação do produto deve ser suspensa dois meses antes da indução da floração, retornando a partir do avermelhamento.


» APLICAÇÃO NO SOLO
Recomendação para testes:Por que o produtor deve usar urina de vaca?» APLICAÇÃO EM PULVERIZAÇÃO

Recomendação para testes:• Café
O procedimento anterior pode ser utilizado para testes na cultura do café.

 Plantas ornamentais



Diluir 5ml de urina de vaca em 1 litro de água e aplicar 50 a 100cc da mistura no solo, de acordo com o tamanho da planta, de 30 em 30 dias.



Como as pesquisas sobre a utilização de urina de vaca em lavouras ainda se encontram em andamento, a PESAGRO-RIO solicita aos produtores que vierem a utilizar o produto que informem regularmente sobre os resultados obtidos à:



Coordenadoria de Difusão de Tecnologia
Telefax: (21)3603-9246

E-mail: cdt@pesagro.rj.gov.br

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial concedeu a Carta Patente nº PI 9301910-6 à PESAGRO-RIO sobre os “Métodos para utilização da urina bovina no controle de fungos e bactérias; como fertilizante e estimulante de crescimento; como estimulante de Enraizamento; como herbicida; como transportadora e fixadora de substâncias; para aumentar o teor de sólidos solúveis; como estimulante de floração; para aumentar o tempo de duração do fruto na planta e para tratamento pós-colheita”, pelo período de vinte anos. URINA DE VACAAlternativa eficiente e barata· Porque diminui a necessidade de agrotóxicos e adubos químicos.



http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/publicacao/Urina%20de%20Vaca.pdf

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Controle doença da abobrinha com leite de vaca.




abobr1O Oídio da abobrinha, causado pelo fungo Sphaerotheca fuliginea, é uma das principais doenças da cultura e de outras cucurbitáceas (pepino e outras variedades de abóbora), sobretudo em cultivo protegido (estufas). A doença ataca toda a parte aérea da planta (folhas, ramos, caules, flores), fazendo com que esta perca o vigor e tenha sua produção prejudicada.
O método de controle mais utilizado nos sistemas convencionais de cultivo é o emprego de fungicidas. Contudo, seu uso contínuo resulta não apenas em riscos de contaminação ambiental como na seleção de populações do fungo resistentes aos produtos. Aliado a esses fatos, existe um mercado crescente para alimentos produzidos sem a utilização de agrotóxicos, sendo o de produtos orgânicos, o mais conhecido.
Como no sistema de produção orgânico não se permite o uso de fungicidas, esse grupo de agricultores dispõe de poucas alternativas para o controle do Oídio da abobrinha, fato que começa a mudar com a descoberta do leite cru como produto promissor para esse fim.
De acordo com o pesquisador Wagner Bettiol, da Embrapa Meio Ambiente, possivelmente o leite apresenta mecanismos variados de ação no controle do Oídio da abobrinha, que são:
vaca  -  O leite pode ter ação direta sobre o fungo devido à sua propriedade germicida.
  -  O leite contém vários sais e aminoácidos na sua composição, sendo que essas substâncias são conhecidas por induzirem resistência nas plantas.
O leite modifica as características da superfície da folha, como pH, nutrientes, gorduras entre outras e com isso não permite a instalação do patógeno
A técnica foi desenvolvida pensando em ser uma alternativa para a agricultura orgânica. Entretanto, devido ao baixo custo e à facilidade de obtenção do produto, vem sendo adotada por diversos produtores, sejam eles orgânicos ou convencionais.
Esses produtores estão utilizando o leite de vaca cru na concentração de 5%, isto é , 5 litros de leite para 95 litros de água, uma vez na semana e quando a infestação está muito alta utilizam a 10%, para o controle do Oídio da abobrinha e do pepino.
Atualmente, além da explicação do mecanismo de ação envolvido no controle do Oídio com o leite da vaca cru, estão sendo realizados estudos para verificar se o leite controla o Oídio de outras culturas, como as do quiabo, do pimentão, da roseira e do feijoeiro, mas sempre pensando na utilização dessas técnicas para a agricultura orgânica.
Literatura Consultada:
“Introdução à Agricultura Orgânica: Normas e Técnicas de Cultivo”, Sílvio Roberto Penteado, Campinas: Editora Grafilmagem, 2000.“Manual de Alternativas Ecológicas para Prevenção e Controle da Pragas e Doenças”, Ines Claudete Burg & Paulo Henrique Mayer (organizadores), Paraná:“Cultivo Orgânico de Hortaliças: Sistema de Produção”, Luiz Jacimar de Sousa, Viçosa: Centro de Produções Técnicas, 1999.
Assessoar, 1999. 7ª edição.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Leite cru e água: fungicida simples e barato


 Buscando a utilização de práticas alternativas para reduzir o uso de agrotóxicos, a Embrapa demonstra que o leite de vaca controla o oídio de forma simples, mais barata e com menos danos ao homem e ao meio ambiente. A mistura de leite com água foi testada em diversas culturas como as do pepino, abobrinha, tomate, rosa, soja, eucalipto e alface, mostrando-se eficiente no combate da doença. 
Doença provocada por um fungo, o oídio se parece com um pó branco e é encontrado nas folhas das plantas. Se não for controlado, pode tomar toda a plantação atrapalhando o crescimento das plantas, reduzindo a produção e, conseqüentemente, os ganhos do produtor. A produção de culturas como a da abobrinha pode cair em até 60% quando atacada pela doença.
A receita para uso do leite no combate do oídio é bem simples: basta preparar uma solução de 5% de leite de vaca cru e 95% de água e pulverizá-la sobre a plantação. Os estudos que chegaram a essa mistura foram feitos pelo pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Wagner Bettiol, que participa do programa. “A solução é totalmente inócua ao meio ambiente, não causando nenhum impacto ambiental, diferentemente dos fungicidas utilizados para o controle da doença”, enfatiza o pesquisador. Além disso, os produtos químicos indicados para o combate ao oídio são caros, custando em média, R$ 135,00 o litro.

2007/06/18
15'
Maria Cristina Tordin
Email: cris@cnpma.embrapa.br
Telefone: (19) 3869-2481
Embrapa Meio Ambiente

terça-feira, 14 de março de 2017

Uso do óleo de neem como fungicida




Escrito por Annette Lyn O'neil Google | Traduzido por A. Araújo


Uso do óleo de neem como fungicida
A árvore de neem (neem image by fotomagic from Fotolia.com)
A árvore de neem (conhecida pelo nome científico Azadirachta indica) foi declarada pela ONU como a "Árvore do Século Vinte e Um" por seus benefícios ambientais e medicinais. Menos conhecido como margosa, o neem é reverenciado no subcontinente indiano, de onde é nativo, aparecendo em muitos remédios tradicionais da região. Uma das essências mais concentradas dessa árvore, é extraída de sementes maduras esmagadas. Esse óleo é, entre outras coisas, um potente e muito aplicável fungicida.

Histórico

O óleo de neem tem sido usado como fungicida há centenas de anos. O nome em sânscrito dessa árvore de folhas largas é "arishtha" -- "aliviadora de doenças" -- e antigos manuscritos hindus contém vários capítulos descrevendo as propriedades medicinais dos frutos, sementes, óleo, folhas, raiz e casca dessa árvore. Praticantes de medicina unani e ayurvédica usam o óleo de neem há séculos, para uma variedade de propósitos.

Para a saúde

O óleo de neem controla de forma eficaz certos fungos que podem crescer e habitar o corpo humano, de acordo com a National Academies Press. Como esses fungos desenvolveram resistência contra fungicidas sintéticos, tem sido mais difícil de controlá-los; com o neem, foi possível fazer esse controle de forma surpreendentemente fácil e sem efeitos colaterais. A planta é eficaz no tratamento de muitos fungos diferentes, incluindo o do "pé-de-atleta", que infecta pele e unhas, fungos dos intestinos, fungos que atacam as membranas mucosas e o fungo que causa a candidíase oral. O óleo de neem é usado em loções e tinturas que tratam doenças de pele, incluindo úlceras, escrófula e até mesmo a bactéria causadora da lepra.

Para jardinagem

O óleo de neem é um fungicida particularmente eficaz, seguro e ecologicamente correto. Em sua forma diluída, pode ser aplicado em forma de spray em rosas e árvores frutíferas para eliminar oídio e mancha negra. Por não ser tóxico, pode ser usado de forma segura em jardins de vegetais -- mesmo tomates e melões, onde o crescimento de fungos pode espalhar-se muito rapidamente para fungicidas sintéticos serem eficazes. Além de controlar fungos, a neem é muito eficaz para sufocar ovos de insetos e pragas como afídios, ácaros e moscas brancas.

Para animais de estimação

Assim como seres humanos, os animais também estão vulneráveis a infecções fungais dos pelos, pele, trato digestivo, membranas mucosas e unhas. O óleo de neem pode substituir fungicidas sintéticos para lidar com esses fungos. Infecções da pele (como aspergilose, malassezia e sarna) podem ser tratadas com spray de neem comercial ou banhos de neem. O óleo de neem pode ser acrescentado ao xampu para cães para tratar casos de micose, além de ser eficaz no controle de pulgas e carrapatos. Acrescentar uma pequena quantidade de óleo de neem na ração de seu animal de estimação pode ajudar a eliminar parasitas intestinais, estimular o fígado e a função imune para prevenir infecções de fungos.

Limitações

Há algumas limitações na utilidade do neem como fungicida; parte do motivo de ser ecologicamente seguro é que ele é rapidamente degradado pelo ambiente. Temperaturas extremas, exposição à luz ultravioleta, remoção pela chuva, neve ou outros fatores ambientais podem eliminar o óleo de neem ou reduzir sua eficácia, portanto, pode ser necessário repetir as aplicações mais vezes do que no caso de fungicidas sintéticos, mais perigosos. Além disso, altas concentrações de óleo de neem podem causar danos a plantas delicadas.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

LEITE FUNGICIDA NATURAL PARA TOMATEIROS


Extraído do blog saberes do jardim

Eu amo cultivar tomates. É uma das minhas plantas preferidas, mas são bem sensíveis e costumam apresentar várias doenças se você ainda não tem a “manha” do cultivo, por isso eu fiz o máximo com meu tempo mínimo para terminar esse post e colocar no blog porque sei que tem muita gente que cultiva tomates, ou tenta, e precisa urgente dessa dica ótima.
Recentemente estive pesquisando sobre jardinagem (pra variar) e achei um blog maravilhoso, já devidamente incluído nos meus favoritos, que se chama You Grow Girl. Nesse blog achei, entre muitas coisas interessantes, sem contar as fotos maravilhosas da autora, vários posts sobre tomates e um deles especialmente chamou minha atenção pelo nome “Tomatoes Like Milk”. Lendo o post vi que ela falava que já há muitos anos mantém os tomates que cultiva livre de doenças usando leite.
Li todo o post e depois comecei a pesquisar mais sobre isso. Não encontrei sites em português falando sobre o assunto (pelo menos por algumas páginas do google que eu tive paciência de abrir), mas encontrei alguns sites em inglês que davam a mesma dica.
Claro que eu resolvi testar. Tenho alguns pés de tomate crescendo vigorosamente e estão bonitos, mas as folhas mais próximas ao solo estão começando a apresentar os malditos fungos e eles estão se espalhando e sei que, provavelmente, é questão de tempo até começar a tomar todos os tomateiros, como já aconteceu uma vez e eu perdi todos. Sempre fico vigiando para ver se estão piorando muito e claro fico preocupada com meus tomateiros, afinal eu mesma os plantei e vi crescer desde que eram só sementinhas.
Eu ainda não tinha usado nenhum produto para diminuir o progresso dos fungos ou eliminá-los porque não conhecia nada orgânico para tentar resolver o problema e não uso produtos químicos no cultivo de ervas, frutas, vegetais e afins. Além disso já havia tentado outras soluções com tomateiros anteriores e não consegui conter os fungos. Felizmente descobri esse blog e pesquisando mais sobre o assunto encontrei outros blogs e sites que me convenceram e me fizeram ir comprar leite em pó desnatado para os meus tomates.
Vamos às instruções…
O que Usar
Pode ser leite de caixinha ou leite em pó, depende do que você usa em casa. Se costuma ter leite em casa use o leite que tem, pode ser inclusive leite que azedou na sua geladeira ou aquele ficou esquecido em cima da pia de um dia para o outro.
Se você não costuma ter leite em casa como eu, compre leite em pó que dura uma eternidade, só prefira comprar o desnatado.
O Preparo
Se for leite de caixinha (ou garrafa) dilua na proporção de 3 copos de leite para 7 de água para colocar a mistura diretamente na terra regando as raízes ou de 1 copo de leite para 9 de água para borrifar a mistura nas folhas.
Se for leite em pó prepare um copo com 250ml de água e uma colher de sopa de leite em pó e use 1 medida desse leite preparado para 4 medidas de água se for diluir para regar ou borrifar nas folhas. O leite em pó também pode ser colocado diretamente na terra, sem diluição alguma, mas se as folhas dos seus tomates já estão com fungos prefira regar a planta ou borrifar as folhas para um efeito mais rápido.
Como Usar
Se as folhas dos seus tomates já estiverem com fungos use a mistura de leite e água dia sim dia não, ou a cada 3, 4 ou 5 dias dependendo da gravidade do problema. Isso serve tanto para regas quanto para borrifar as folhas. Eu prefiro regar porque tomates não gostam de água nas folhas e isso facilita o aparacimento de fungos, mas já vi depoimentos de pessoas que borrifaram com sucesso e de outras que tiveram problemas (provavelmente borrifaram demais e acumulou líquido ou fizeram em horário inapropriado). Eu normalmente prefiro a rega, especialmente como preventivo, mas se os fungos estão alastrando borrifo diretamente nas folhas, mantendo também a rega.
Nunca borrife à noite. Eu já fiz isso e o fungo piorou, imagino que tenha sido porque as folhas ficaram úmidas por muito tempo. Borrife sempre pela manhã ou no fim da tarde para dar tempo das folhas secarem bem.
Se o seu tomateiro não apresenta problema de fungos e você vai usar a mistura como preventivo pode aumentar o intervalo para uma vez por semana (se houve problema recente), a cada 15 ou 30 dias e pode até misturar o leite em pó com o adubo orgânico que você costuma usar.
Quando for borrifar faça com alguma distância da planta para não acumular líquido sobre as folhas. Tome cuidado para não saturar as folhas com a mistura. Se ficarem gotas de leite na planta, tente sacudir delicadamente pegando pelo caule para tirar o excesso.
Agora vamos aos resultados que eu obtive com os meus tomateiros…
Como eu já mencionei as folhas mais baixas estavam com fungos. Eu não as retirei como normalmente faria exatamente para mostrar os resultados do uso do leite.Primeiro fiz a aplicação do leite (usei o leite em pó diluído na água) a cada rega, dia sim dia não basicamente. Essas são as folhas e o tomateiro como estavam antes do uso do leite como tratamento para os fungos:

As folhas amareladas são as da base com fungo em estágio mais avançado e as outras com pontos brancos são as um pouco acima para onde o fungo já estava se espalhando
Durante o uso, já na terceira aplicação, eu notei que as folhas que estavam mais afetadas pelos fungos não tiveram melhora, mas a velocidade com que elas pioraram foi bem menor do que o normal, apesar de não terem tido melhora alguma. As folhas menos afetadas, que estavam só com 2 ou 3 focos de fungos se mantiveram estáveis sem piora alguma. No geral não houve progresso do fungo para folhas que ainda não estavam afetadas. As saudáveis continuavam saudáveis, o que já é uma vitória, porque fungos se espalham absurdamente rápido nos tomateiros. Você percebe a piora a cada dia se a planta não for tratada.
Após 8 dias de uso do leite a cada rega, as folhas mais doentes pioraram, em ritmo bem mais lento do que o normal, mas pioraram, e algumas já secaram e  caíram; as menos doentes praticamente não tiveram piora, mas também não melhoraram e nenhuma folha saudável foi afetada. O tomateiro está bem mais bonito, as folhas mais novas, como não sofreram com os fungos, se desenvolveram bem e o desenvolvimento da planta no geral foi grande nesse período. Nesse momento praticamente só se via folhas verdinhas e saudáveis e vários brotos se formando, inclusive botões de flores.
O tomateiro nesse momento estava assim (tirei essas fotos com 10 dias de uso do leite):
Posso dizer que foi o método mais eficaz que já usei, sem contar químicos, de controle de fungos em tomateiros. Vale a pena pela praticidade e por não ser tóxico ou agressivo para a planta ou para nós que vamos consumir os tomates depois.
É um método lento de tratamento se for mantida só a rega, mas borrifando vai bem mais rápido. Os resultados vem desde as primeiras aplicações, mas acredito que leve algum tempo até que todas as folhas com fungos piorem, sequem e caiam sem que as demais sejam afetadas. Mas de qualquer forma é algo para ser utilizado como preventivo desde o crescimento do tomateiro e que servirá para que o problema não retorne caso sua planta já esteja doente. Mesmo que você não consiga recuperar seu tomateiro os próximos poderão crescer saudáveis sem maiores riscos de desenvolverem fungos.
Vou compartilhar um link que o Caio, um leitor do blog, gentilmente enviou e que achei muito interessante e serve para ratificar a eficácia do uso do leite tanto na prevenção como no combate aos fungos:
FONTE; BLOG SABERES DO JARDIM

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Plantas bioativas?? plantas medicinais, aromáticas, condimentares, tóxicas, inseticidas, fungicidas.


As plantas bioativas despertam grande interesse de agricultores, pesquisadores e extensionistas por seu real potencial de utilização no manejo de insetos em sistemas de produção de base ecológica. Esse fato pode ser verificado pelo número cada vez maior de artigos sobre o tema em revistas especializadas bem como em eventos científicos da área.

As plantas bioativas são aquelas que produzem algum efeito sobre outro ser vivo, podendo ser enquadradas as plantas medicinais, aromáticas, condimentares, tóxicas, inseticidas, fungicidas e até mesmo as de caráter místico e religioso. Dentro desse conceito amplo, na maioria das vezes, a utilização das plantas bioativas de interesse para o manejo de insetos em agroecossistemas é pensada a partir da possibilidade da extração de alguma substância do seu metabolismo capaz de ser aplicada sob a forma de um produto a ser pulverizado sobre os cultivos comerciais. Em geral, os produtos investigados para esse fim são os óleos essenciais e as tinturas, infusões e decocções.

Embora a estratégia da extração e/ou aplicação de substâncias obtidas das plantas bioativas seja válida e interessante do ponto de vista da transição agroecológica, o redesenho de agroecossistemas através do aumento da biodiversidade funcional tem sido pouco explorado. É plausível crer que, num estágio mais avançado da complexidade dos sistemas produtivos de base ecológica, as pulverizações fiquem restritas aos problemas relacionados com microrganismos patogênicos, enquanto a introdução e manutenção intencional de plantas bioativas nas áreas de cultivos respondam pelo manejo dos insetos potencialmente prejudiciais.

Muitas plantas são capazes de atrair e repelir insetos com eficiência popularmente comprovada, como é o caso do girassol, gergelim, cravo-de-defunto e arruda. Infelizmente, poucos dados mais rigorosos fornecem a magnitude do efeito e as condições em que ele pode ser amplificado ou reduzido, como época do ano, estádio fenológico e densidade populacional mínima ou arranjo espacial específico para promover o efeito sensível.
Plantas são capazes de atrair e repelir insetos com eficiência popularmente comprovada
Apesar dessa lacuna, alguns esforços têm sido realizados na busca por essa funcionalidade das plantas bioativas nos agroecossistemas. Um caso recente é a “estratégia empurra-puxa”, bastante divulgada em estudos científicos recentes. A técnica, que hoje é realizada por mais de 12 mil agricultores no Quênia, foi desenvolvida para proporcionar o manejo da broca-do-colmo na cultura do milho e se baseia no cultivo de espécies bioativas intercalares ao milho, que exercem o efeito de repelência (empurra) e de espécies bioativas na bordadura que promovem atração do inseto (puxa). Para repelir a broca-do-colmo os agricultores utilizam o capim-melaço (Melinis minutiflora) e a espécie Desmodium uncinatum. Já para atração, as espécies mais usadas são o capim-napiê (Pennisetum purpureum) e o sorgo (Sorghum vulgare var. sudanense). Nas áreas de ocorrência do inseto, o sistema tem aumentado a média de produção entre 20% e 30%.

No Brasil, alguns estudos têm tentado utilizar as plantas bioativas como atraentes ou repelentes de insetos, porém de forma pouco articulada, geralmente incluindo apenas uma espécie com esse propósito. Algumas das plantas citadas nos trabalhos nacionais são o gergelim (Sesamum indicum) para o controle de formigas cortadeiras, o taiuiá (Cayaponia sp) para atração de diabróticas, e coentro (Coriandrum sativum) na repelência de mosca-branca em meloeiros.

Uma grande contribuição para o entendimento dos processos de atração e repelência de insetos pelas plantas bioativas foi dada recentemente por pesquisadores da Universidade de Michigan, Estados Unidos. Os investigadores realizaram uma meta-análise de 34 artigos científicos que abordavam o uso de substâncias voláteis de plantas na manipulação da resposta comportamental de insetos prejudiciais. A meta-análise é uma ferramenta estatística que permite combinar resultados de estudos independentes, extraindo informações adicionais que possibilitam sintetizar ou extrair novas conclusões.

Num primeiro momento o trabalho evidenciou que a grande maioria dos artigos abordava a atração de insetos, e apenas 3% a repelência. Esse fato chamou a atenção dos autores do artigo para duas possíveis explicações: ou é mais fácil, ou efetivo, trabalhar a campo com atração de insetos ou a repelência ainda é pouco explorada pelos pesquisadores da área. Entre outras observações de seu estudo, verificaram também que fêmeas são mais atraídas que machos, que insetos mastigadores são mais atraídos que brocas e sugadores, e que lepidópteros, por seu hábito de reprodução, são mais atraídos que coleópteros e tisanópteros. Além disso, também observaram que insetos especialistas e generalistas são atraídos de igual forma pelas substâncias voláteis liberadas no ar pelas plantas bioativas, e que as fabáceas e cucurbitáceas têm maior poder de atração de insetos quando comparadas com poáceas e rosáceas.
Esse tipo de estudo pode auxiliar sobremaneira um novo pensar sobre as estratégias de aumento da biodiversidade funcional com plantas bioativas adaptadas às condições locais de cada região, favorecendo a busca de novas espécies para os diferentes contextos produtivos baseados nas premissas da Agroecologia.
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