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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Aprenda a fazer uma armadilha caseira para capturar a mosca-das-frutas em pomares comerciais e domésticos !!

 FONTE: Vinícius Agostini - Jornalista - Centro de Comunicação Rural (Cecor/CATI)

Praga agrícola presente em todo o território brasileiro, a mosca-das-frutas foi tema de diversos encontros na sede da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), como o que ocorreu em 2017, no II Encontro de Inovações em Fruticultura, onde foi discutido, entre outras ações, o controle biológico do inseto com a introdução de machos estéreis. A praga, que acomete variados tipos de frutas, faz ataques cíclicos, dependendo do clima e das medidas de prevenção adotadas. O período de maior ocorrência das moscas vai de novembro a março, quando as temperaturas são mais altas.

Quem ainda não conhece a mosca, logo associa o nome à famigerada “mosca doméstica”, encontrada facilmente nos lares dos brasileiros. A praga, na verdade, é uma velha conhecida dos produtores de goiaba, pois também é chamada de “bicho-da-goiaba”. Embora os produtores do fruto tenham familiaridade com esse inseto, a mosca-das-frutas causa danos à maioria das plantações frutíferas.

No Brasil, existem dois gêneros considerados os mais importantes desse inseto: a Anastrepha, com mais de 94 espécies identificadas até o momento, e a Ceratitis, com somente uma espécie, a Ceratitis capitata. As espécies de Anastrepha são nativas das Américas Central e do Sul, enquanto que a C. capitata foi introduzida no Brasil no início do século XX e hoje é encontrada em todo o País, pois a forte incidência dessa praga se reflete no grande número de hospedeiros, tantos de frutíferas comerciais como de nativas, de forma que nas regiões mais quentes o ataque é efetivamente maior.

Em suma, todas as espécies atuam de maneira semelhante, fazendo postura (colocando ovos) no interior do fruto, local onde emergem as larvas que se alimentam da polpa, o que afeta a qualidade dos frutos, deixando-os impróprios tanto para o consumo in natura como para a industrialização.

Após atacados, os frutos amadurecem prematuramente e caem das plantas, passando por um processo de podridão generalizada causado pela infecção secundária de patógenos (organismos que são capazes de causar doença em um hospedeiro). Somente no momento da colheita o produtor terá conhecimento em relação ao nível de agressividade do acometimento de seu fruto, dada a maneira como a mosca ataca. Dessa forma, os produtores, certamente, terão prejuízos, sobretudo os que exportam as frutas produzidas em solo brasileiro, pois a presença da doença, em alguma inspeção, acarreta o embargo à exportação, causando prejuízos financeiros para o produtor.

A armadilha

Embora a aplicação de inseticidas ofereça controle efetivo nos pomares comerciais, o produto químico pode deixar resíduos nos frutos, pois deve ser aplicado próximo à data da colheita. Sendo assim, as armadilhas caseiras podem servir como parâmetro para determinar se existe ou não a necessidade de aplicação de defensivos agrícolas em uma determinada propriedade. Para os pomares domésticos, a armadilha pode controlar ou até diminuir a incidência do ataque das moscas quando são utilizadas em quantidades recomendadas por profissionais da área. O material PET, plástico resistente para fabricação de garrafas, frascos e embalagens, é o indicado para a confecção da armadilha.

Preparação:

Retire o rótulo da garrafa, se houver. Com o auxílio de uma régua e de uma caneta marcador permanente, meça o meio da garrafa a partir da base até antes do gargalo e marque quatro pontos equidistantes ou em cruz alinhados.

Na fonte de calor, aqueça a ponta do vergalhão e aplique, furando sobre os pontos marcados, fazendo giros de meia volta, com a finalidade de obter um furo no diâmetro do vergalhão. Dica: afinar a extremidade do vergalhão facilita o furo.

Prenda uma das extremidades do arame no gargalo da garrafa, logo abaixo do encaixe da tampa, sendo que a outra extremidade será usada para pendurar a armadilha na fruteira.

Isca atrativa

Antes de pendurar a armadilha na fruteira, o usuário deve abastecê-la com a isca, que nada mais é do que um atrativo alimentar.

Existem várias possibilidades de isca, segundo apresenta a publicação técnica da Embrapa “Armadilha PET para captura de adultos de moscas-das-frutas em pomares comerciais e domésticos”. São elas:

- proteína hidrolisada a 5%. Para preparar 500mL de solução, diluir 25mL da proteína hidrolisada em 475mL de água;

- melaço de cana-de-açúcar a 7%. Diluir 35mL de melaço em 465mL de água para preparar 500mL de solução;

- sucos de fruta, tais como suco de uva 1:4 (uma parte de suco para quatro partes iguais de água) ou suco de pêssego 1:10 (uma parte de suco para 10 partes iguais de água).



Mais informações: (19) 3743-3870 ou 3743-3859

jornalismo@cati.sp.gov.br

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Fossa séptica permite o uso do resíduo como adubo

Globo Rural reapresenta as melhores matérias do ano de 2011.
Em São Paulo, tecnologia simples é adotada por pequenos agricultores.

Do Globo Rural
O som de uma descarga é tão comum no dia-a-dia de uma casa que muitas vezes a gente nem se dá conta do destino dos dejetos. Mas você sabe para onde segue o encanamento do esgoto em uma pequena propriedade rural?
Muitas vezes, a não mais do que 30, 40 metros do banheiro, a chamada fossa negra - que nada mais é do que um buraco na terra - recebe todo o material, sem nenhum tratamento.
No lugar, o acesso é quase proibido, como conta José Amarante, técnico em desenvolvimento agrário do Instituto de Terras do Estado de São Paulo, o Itesp. “Os próprios produtores rurais consideram o local perigoso, onde eles orientam as crianças a não chegarem perto. Visitas também, este é o primeiro alerta que o produtor faz. Além do perigo da contaminação, existe o perigo de cair, pois são estruturas totalmente precárias”.
Para o buraco não ficar exposto, os produtores improvisam uma cobertura com pau e folha de zinco. O fato dos dejetos irem direto para o solo compromete a qualidade de vida da população.
O veterinário Luiz Augusto do Amaral, professor da Unesp de Jaboticabal, trabalha com saúde pública há 30 anos e diz que 80% dos leitos hospitalares são ocupados por pessoas que estão doentes em decorrência da falta de saneamento. “Quando se investe um dólar em saneamento, economizam-se quatro em saúde. E a área rural é onde se produz água, então tudo o que for feito para preservar ou impedir a contaminação, superficial ou subterrânea, protege-se inclusive populações distantes. Quem tem uma fossa negra, tem cinco vezes mais chance de ter a água contaminada, do que aquele que tem uma fossa correta”, alerta.
Uma fossa correta pode ser uma estrutura simples, como a que mudou a saúde das 47 famílias do assentamento Córrego Rico, em Jaboticabal, no norte paulista.
Em Ibitiúva, no município de Pitangueiras, a 50 quilômetros de Jaboticabal, na propriedade de Jaime Fagundes dos Santos, o trabalho conta com a experiência do agricultor Oscar Dias da Silva, que fez 47 das 66 fossas construídas na região sob coordenação do Itesp. “Em 20, 30 dias a fossa está pronta para funcionar. Eu gosto do trabalho, porque isso é para o futuro. Se as pessoas não cuidarem, o planeta acaba. A gente tem que lutar para isso”, afirma.
Sheilla Bolonhezi Verdade é bióloga da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, a Cati, e acompanha o trabalho de saneamento rural nos assentamentos da região.
Estrutura da fossa séptica composta por três caixas (Foto: TV Globo)Estrutura da fossa séptica composta por três caixas
(Foto: Reprodução TV Globo)
Na estrutura da fossa séptica, composta por três caixas, a primeira dá início à fermentação dos dejetos, processo que vai decompor o material e eliminar o maior dos causadores de doenças. Conforme vai enchendo, o líquido passa para a segunda caixa, que completa a fermentação até chegar à terceira. “A terceira caixa já está com o efluente livre de patógenos. O líquido pode ser utilizado para irrigação de culturas, como frutíferas ou de consumo indireto. O produtor vai gastar aproximadamente de R$ 1.000 a R$ 1.200 para montar a estrutura, dependendo do material utilizado”, explica a bióloga.
Uma estrutura com três caixas de mil litros cada uma dá conta de atender uma família de cinco pessoas.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e veja mais sobre o funcionamento da fossa séptica.
Há 12 anos, a primeira fossa séptica, no modelo desenvolvido pela Embrapa, foi instalada em Jaboticabal. Ela serviu de base para que o sistema fosse adotado nas pequenas propriedades da região e continua funcionamento perfeitamente.
A fossa séptica deve ser instalada a uma distância de pelo menos 30 metros da casa e longe de onde se faz a captação da água.
Para mais informações sobre a construção de fossas sépticas, escreva para a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
Cati
Avenida Treze de Maio, 946
Jaboticabal, São Paulo
Cep: 14870-160

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